O procurador da República Oscar Costa Filho pediu nesta quarta (2) a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), programado para ocorrer no sábado e domingo (5 e 6); o pedido tem como base o adiamento da prova para mais de 190 mil candidatos devido a ocupações de locais onde a avaliação é aplicada; para o procurador, as provas em diferentes datas, com temas diferentes da redação, fere a isonomia da seleção; caso a Justiça aceite a ação, a suspensão do Enem é válida para todo o Brasil; o pedido deve ser julgado até sexta-feira (4) pelo juiz Ricardo Cunha Porto
247 - O procurador da República Oscar Costa Filho pediu nesta quarta-feira (2) a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), programado para ocorrer no sábado e domingo (5 e 6). O pedido tem como base o adiamento da prova para mais de 190 mil candidatos devido a ocupações de locais onde a avaliação é aplicada. Para o procurador do Ministério Público Federal no Ceará, as provas em diferentes datas, com temas diferentes da redação, fere a isonomia da seleção. A ação será julgada pela 8ª Vara da Justiça Federal no Ceará. Caso a Justiça aceite a ação, a suspensão do Enem é válida para todo o Brasil. O pedido deve ser julgado até sexta-feira (4). A ação será avaliada pelo juiz Ricardo Cunha Porto.
"O MEC aplica a teoria da resposta ao item (TRI) na prova objetiva, o que equilibra o nível de dificuldade da prova para todos os candidatos, mesmo os que fazem uma segunda prova. Mas eles mesmos dizem que essa teoria não se aplica à redação", argumenta o procurador Oscar Costa Filho. Como opção para evitar a suspensão do Enem, o procurador sugere na ação que o Inep adie a redação para todo os candidatos, e não só os 190 mil que farão exame onde há ocupações.
“Peço que o juiz determine que o Inep adote as providências. Aí ele pode adotar o que ele quiser. Ele pode fazer a prova objetiva e deixar só a redação para fazer depois, todo mundo junto, ou pode levar todo mundo para os dias 3 e 4 (de dezembro)”, finaliza.
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