10/12/2016

JN dá delação da Odebrecht contra Temer, mas esconde a notícia falando em “nomes do PMDB”; R$ 22 milhões para o partido via Jucá

09 de dezembro de 2016 às 22h49

  
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Edição do dia 09/12/2016
Nomes do PMDB também são citados em esquema de caixa 2
Claudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht, delatou repasse de propina. ‘Apoio dado por Jucá teria nos momentos de campanha conta a ser paga”.
O Jornal Nacional fala sobre a delação de outro executivo da Odebrecht, Claudio Melo Filho, que relatou doações oficiais e de caixa 2 feitas a políticos com o intuito de conseguir vantagens para a construtora.
O delator da Odebrecht cita vários nomes do PMDB, incluindo o atual presidente Temer, o ministro Eliseu Padilha, o secretário Moreira Franco, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e os senadores Eunício Oliveira e Romero Jucá, entre outros.
Claudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, detalhou aos investigadores como repassava propina ao PMDB, no Senado e na Câmara, e quais as contrapartidas que recebia.
Ele afirma que seu principal interlocutor no Senado era Romero Jucá, hoje líder do governo no Congresso. E que Jucá era o principal responsável pela arrecadação de recursos financeiros dentro do PMDB no Senado e a distribuição para as campanhas eleitorais.
Cláudio afirmou que os fatos narrados por ele na delação estavam fundamentados numa certeza: todo o apoio à Odebrecht dado por Jucá teria nos momentos de campanha uma conta a ser paga.
O delator disse: “A insinuações não deixavam dúvidas de que no momento certo ele seria demandado pelo parlamentar e que a maior parte das demandas ocorria em períodos eleitorais”.
O ex-diretor afirmou que estava entendido que os apoios aos pleitos da empresa seriam posteriormente equacionados no valor estabelecido para contribuição a pretexto de campanha eleitoral, fosse ela realizada de forma oficial ou via caixa 2.
Cláudio conta que solicitava aprovação das contribuições ao senador Romero Jucá e a Marcelo Odebrecht.
Essas contribuições eleitorais eram definidas, medidas e decididas de acordo com a relevância dos assuntos de interesse da Odebrecht que tinham sido defendidos pelo parlamentar.
Cláudio disse que ao conversar com Jucá tinha certeza que estava falando também com Renan Calheiros, atual presidente do Senado, e com o senador Eunício Oliveira, todos do PMDB.
Cláudio afirmou que ao longo dos anos participou de pagamentos a Romero Jucá que hoje superam os R$ 22 milhões e que teve conhecimento que esses valores eram centralizados em Jucá e posteriormente redistribuídos em seu grupo do PMDB.
PS do Viomundo: A notícia envolvendo o presidente da República não é a manchete principal do site do JN e foi dada no mesmo dia em que Lula foi denunciado pela Operação Zelotes. Obviamente, uma tremenda coincidência! O “pato” Paulo Skaf, da Fiesp, teria levado U$ 6 milhões — segundo a delação. Os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Rodrigo Maia, são citados na mesma denúncia. Planalto nas mãos de Carmen Lúcia, presidente do STF? A ver.
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