04/02/2017

Edson Fachin faz transição com equipe de Teori

Sábado, 04.02.17 às 00:00 / Atualizado em 04.02.17 às 00:39

Agência Estado
Novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin teve a primeira reunião nesta sexta-feira, 3, com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após herdar as investigações sobre a Petrobrás. Responsável pela acusação e investigação de políticos e autoridades com foro envolvidos no caso de corrupção, Janot busca estabelecer uma boa relação com o novo relator do caso.
Cabe a Fachin analisar os pedidos do procurador-geral da República sobre abertura de inquéritos, oferecimento de denúncias ou levantamento de sigilo na Lava Jato. O ministro terá, por exemplo, de autorizar investigações com base nas 77 delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht.
O encontro entre Fachin e Janot durou 40 minutos e ocorreu no gabinete do ministro do STF. Com Teori Zavascki, antigo relator da Lava Jato que morreu em acidente aéreo no último dia 19, Janot mantinha contato frequente, especialmente em momentos considerados cruciais para as investigações. O sorteio do nome de Fachin para a relatoria da operação foi recebido com tranquilidade na Procuradoria-Geral da República. A expectativa de investigadores é de que o ministro mantenha o perfil discreto com o qual costuma atuar e, assim como Teori, tenha relação cortês com o procurador-geral.
Transição
A audiência com Janot foi a primeira oficializada na agenda de Fachin após receber os processos relacionados à Lava Jato. Desde o sorteio de seu nome, o ministro trabalha na transição dos processos sobre o caso que estavam no antigo gabinete de Teori. Anteontem, logo após saber que se tornara o relator do caso, Fachin se reuniu com o juiz auxiliar Márcio Schiefler, que era braço direito de Teori na Corte.
Considerado a “memória viva” da Lava Jato, Schiefler deixou o Supremo. Após a morte de Teori, o juiz ainda permaneceu no STF para concluir a análise das delações da Odebrecht. Com os acordos dos 77 delatores homologados, Schiefler solicitou o desligamento do Supremo e vai voltar para a Justiça em Santa Catarina, onde atua.

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