Equipe econômica já descarta aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre


Expectativa é de paralisação das discussões. Mas no segundo semestre chances de aprovação são mínimas por causa das eleições

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O deputado Carlos Marun, presidente da comissão especial da reforma da Previdência - André Coelho / 8-5-2017

BRASÍLIA - Integrantes da equipe econômica já descartam a aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre deste ano, conforme vinha defendendo o Planalto. O clima entre os técnicos, segundo interlocutores, é de perplexidade e frustração, porque até o fim da tarde de ontem, havia esperança de que a proposta pudesse ser votada em primeiro turno pelo plenário da Câmara dos Deputados no dia 29 deste mês.
— O governo estava virando votos a favor da reforma, já contabilizava entre 315 e 320 votos. Agora, a expectativa é de paralisação e se as discussões ficarem para o segundo semestre, aí é que as chances de aprovação são mínimas por causa da proximidade das eleições em 2018 — disse um técnico.
Segundo essa fonte, há uma crise institucional no país e, até que isso se resolva, tudo ficará parado. As delações dos donos da JBS, envolvendo diretamente o presidente Michel Temer jogam muita incerteza sobre o futuro político do país e o rumo das reformas, sobretudo da Previdência.
— Se o governo for assumido por uma tecnocracia, dificilmente as coisa vão andar com o Congresso que a gente tem — lamentou a fonte.
Pouco antes da notícia, líderes do governo e o presidente da comissão especial da reforma, Carlos Marun (PMDB-MS), tinham ido até o gabinete do ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, pra apresentar o mapeamento dos votos favoráveis à reforma. Mas diante do fato, não conseguiram nem falar com o ministro que foi chamado às pressas para uma reunião com o presidente. A intenção do Planalto era abrir uma sequência de fechamento de questão dos partidos da base em torno da reforma na próxima semana.
O deputado Beto Mansur (PRB-SP), que está auxiliando o governo na comunicação da Previdência, admitiu que os últimos acontecimentos comprometem o cronograma da reforma. Ele mencionou que os líderes estavam muito otimistas com o mapeamento dos votos, mas que ainda trabalhavam para convencer os indecisos.
— Sem dúvida que o cronograma ficou muito prejudicado. A gente já estava apertado com o número de votos — disse Mansur ao GLOB0.
Ele destacou que um retrocesso agora vai prejudicar seriamente a economia e a geração de empregos — que ensaiavam uma retomada. Mansur evita falar sobre o rumo da reforma. Disse que vai depender de quem assumir o governo e que se for o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia , "defensor" das mudanças ainda há esperança.


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