Marco Aurélio e Lewandowski também vão relatar inquéritos da Odebrecht


Relator da Lava Jato distribui a ministros processos relacionados a investigações fora do âmbito da Petrobrás

Isadora Peron e Breno Pires, O Estado de S.Paulo
25 Maio 2017 | 16h17
BRASÍLIA - Após pedido do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Marco Aurélio Mello ficará com o inquérito que investiga o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes; e o ministro Ricardo Lewandowski, com a investigação relativa ao deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). 
Os inquéritos foram abertos com base nas delações da Odebrecht, mas Fachin entendeu que as investigações não tinham relação com o escândalo de corrupção da Petrobrás e, por isso, deveriam seguir a regra geral e serem distribuídas por sorteio a outros ministros. Um terceiro processo, envolvendo o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), também será encaminhado a outro magistrado.
O inquérito que tem Pedro Paulo e Paes como investigados, por exemplo, investiga se os dois receberam propina da Odebrecht para que a empresa fosse privilegiada em contratos relativos às Olimpíadas de 2016, realizada no Rio.
Já o inquérito que tem como um dos envolvidos Betinho Gomes trata do suposto repasse de valores ao parlamentar e a outros candidatos nos anos de 2012 a 2014, "na busca de favorecimento no empreendimento Reserva do Paiva, situado no Cabo de Santo Agostinho (PE)".
Zarattini, por sua vez, é citado por suposta atuação junto à Previ, para que o fundo de previdência privada dos funcionários do Banco do Brasil adquirisse imóveis de empreendimento construído e comercializado pela Odebrecht, supostamente recebendo valores como contrapartida dessas ações. 
Todos os citados negam irregularidades.

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