Ex-deputado enviou ofício nesta terça no qual informou que o interrogatório está marcado para esta quarta, mas ele quer acessar gravações com 48h de antecedência para responder às perguntas.
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/05/09/antonio_cruz-_agencia_brasil_marcellocasaljr.jpg "O presidente Michel Temer e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil)")
O presidente Michel Temer e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil)
O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu nesta terça-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso às gravações que integram a investigação sobre o presidente Michel Temer antes de depor à Polícia Federal sobre o caso.
Em ofício encaminhado ao ministro Luiz Edson Fachin, que supervisiona o inquérito, aberto no âmbito da Operação Lava Jato, Cunha informou que o interrogatório está marcado para as 11h desta quarta (14), em Curitiba, onde ele está preso.
Cunha, porém, quer ter acesso ao material da investigação com 48 horas de antecedência para poder responder às perguntas com ampla defesa.
Desse modo, o peemedebista pediu ao STF que também determine à PF a "readequação da pauta" do depoimento.
Delações da JBS
Em março deste ano, Temer foi gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, numa conversa em que, segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), deu aval para pagamentos a Cunha com o objetivo de convencer o ex-deputado a não fechar acordo de delação premiada.
O presidente nega as acusações, diz que não teme delações e afirma que jamais atuou para beneficiar a JBS no governo.
Nesta semana, o ministro Edson Fachin concedeu cinco dias para a PF concluir o inquérito sobre Temer, prazo que vence na próxima segunda (19).
Depois, se avaliar que há provas contra o presidente, caberá à PGR oferecer uma denúncia; caso contrário, poderá pedir o arquivamento do caso.
0 Comentários