SP 247 - A empreiteira Camargo Corrêa reconheceu, em proposta de acordo judicial, que houve superfaturamento e cartel em dois lotes da linha 5-lilás do Metrô de São Paulo, cujos contratos somam R$ 3,5 bilhões em valores atualizados.
Segundo os termos do acordo proposto ao Ministério Público do Estado, a obra foi dividida por cinco grandes empreiteiras (Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS e Queiroz Galvão, chamadas de G5), que escolheram os lotes mais caros da licitação.
A Folha registrou em 2010, com seis meses de antecedência, quem seriam os vencedores de seis lotes da linha 5. A expansão da linha 5 foi contratada por R$ 6,6 bilhões, também em valores atualizados. Os dois lotes que aparecem agora no acordo da Camargo Corrêa estavam na lista da Folha.
Na proposta, a Camargo Corrêa se compromete a pagar R$ 24,3 milhões em sete parcelas a título de multa. O valor que a empresa concordou em pagar é 1/15 do prejuízo estimado pelo promotor Marcelo Milani em ação de improbidade, de R$ 326,9 milhões.
Como os lotes licitados em 2008 foram vencidos por 15 empresas, o prejuízo estimado foi dividido pelo número de empresas, sem levar em conta a ponderação dos valores dos contratos. Inicialmente, o promotor pedia que as 15 empresas pagassem uma multa de R$ 12 bilhões.
0 Comentários