Dilma: Condenação de Lula “fere a democracia” e foi pautada “por setores da grande imprensa”

12 de julho de 2017 às 16h48

viomundo
Dilma: “A condenação de Lula é um escárnio”
da assessoria, via e-mail
A condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, sem provas, a 9 anos e seis meses de prisão, é um escárnio. Uma flagrante injustiça e um absurdo jurídico que envergonham o Brasil. Lula é inocente e essa condenação fere profundamente a democracia.
Sem provas, cumprem o roteiro pautado por setores da grande imprensa. Há anos, Lula, o presidente da República mais popular na história do país e um dos mais importantes estadistas do mundo no século 21, vem sofrendo uma perseguição sem quartel.
Ontem, com indignação, assistimos à aprovação pelo Senado do fim da CLT. Uma monumental perda para os trabalhadores brasileiros.
Agora, assistimos essa ignominia que está sendo exercida contra o ex-presidente Lula com o objetivo de cassar seus direitos políticos.
O país não pode aceitar mais este passo na direção do Estado de Exceção. As garras dos golpistas tentam rasgar a história de um herói do povo brasileiro. Não conseguirão.
Lula é inocente. E o povo brasileiro saberá democraticamente resgatá-lo em 2018.
Nós iremos resistir.
Dilma Rousseff
NOTA DAS BANCADAS DO PT NO CONGRESSO NACIONAL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofre uma perseguição judicial sem paralelo na história brasileira.
Está em curso uma das maiores manipulações de que se tem notícia por conta da sua trajetória política e por ter sido Lula o melhor presidente do Brasil.
Torna-se inaceitável que, nessas circunstâncias, o sistema de justiça avance em evidente ação política para condenar um inocente com a intenção clara de interferir na disputa política e evitar que Lula seja candidato.
Condenam Lula, condenam a democracia, tentam subjugar a vontade do povo.
Todos no Brasil sabem que a perseguição judicial a Lula faz parte da agenda política do golpe de Estado brasileiro muito antes do início de qualquer ação jurídica.
Na realidade, o objetivo maior é destruir as conquistas sociais e econômicas do povo brasileiro e a soberania do Brasil ao impor, de forma arbitrária e ilegítima, uma agenda de retrocessos que jamais seria aprovada em eleições livres e democráticas.
As peças acusatórias dos procuradores reconhecem que não há provas materiais contra o ex-presidente.
São promovidas por juízes e procuradores que atuam, em regra, de forma claramente seletiva e partidarizada e com base apenas em Power Point, ilações e hipóteses probabilísticas construídas arbitrariamente.
Com a desculpa de que ninguém pode estar acima da lei, colocam-se cidadãos, inclusive Lula e seus familiares, abaixo da proteção da lei e à margem do devido processo legal e do amplo direito à defesa.
Reagiremos, lutaremos. Agora, muito mais do que antes, dedicaremos todas nossas forças a absolver Lula e resgatar as esperanças do povo brasileiro.
Em todas as instâncias, em todos os foros, no Brasil e no mundo, denunciaremos essa escandalosa injustiça.
Denunciaremos esse novo golpe contra a democracia brasileira. Tentar tornar Lula inelegível é transformar as próximas eleições brasileiras em uma gigantesca fraude.
Essa condenação arbitrária, injusta e ilegal de Lula, o melhor presidente da história do Brasil, significa uma tentativa de aniquilamento das perspectivas de igualdade social e de oportunidades para todos.
Lula é tão inocente quanto todo brasileiro ou brasileira que luta pela sobrevivência e conquista de direitos.
Junto com Lula, estão tentando condenar os sonhos e as esperanças do povo brasileiro.
Junto com Lula, estão condenando a justiça e a democracia.
Estamos com Lula e com o povo, do lado certo da História!
Brasília, 12 de julho de 2017
Lindbergh Farias (RJ), líder da Bancada do PT no Senado Federal
Carlos Zarattini (SP), líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados
Querem tirar o Lula do jogo em 2018
Acaba de sair a notícia da sentença de Sérgio Moro condenando o ex-presidente Lula, no processo que o acusa de ser proprietário de um apartamento no Guarujá, supostamente recebido como propina.
É um absurdo, um abuso, uma insensatez.
O juiz Sergio Moro investiga esse e outros casos envolvendo Lula há anos. Não conseguiu até agora uma cabeça de alfinete para apresentar como prova material.
Apela para ilações e suposições obtidas através de depoimentos de empresários mantidos presos, à margem do processo legal, com o fito de obter delações.
O “crime” cometido por Lula foi dar altivez ao Brasil na cena mundial; foi tirar 40 milhões de almas da miséria, que agora volta a espreitá-las; foi garantir o pleno emprego, que agora se transmuta em 14 milhões de desempregados; foi garantir aumento real do salário mínimo, que agora se vê corroído pelo criminoso corte de recursos.
O “crime” de Lula foi fazer o Brasil se reconhecer a si mesmo: fazer o povo se orgulhar de ser povo, o trabalhador se orgulhar de ser trabalhador.
A parcialidade e o uso de todos os meios que justifiquem seus fins – ou seja, condenar Lula, tirá-lo da disputa eleitoral de 2018 e criminalizar a política – têm desmoralizado crescentemente a força-tarefa de Curitiba e levado a questionamentos nos meios políticos e jurídicos, inclusive no Supremo Tribunal Federal.
A farta utilização do aparato estatal para a perseguição política, infelizmente, virou modus operandi na crise política-institucional brasileira.
No caso de Lula, fica cada vez mais explícito que o real objetivo é impedir, seja por qual for o meio, a sua candidatura nas próximas eleições. Vivemos às portas de um estado de exceção.
Cabe-nos reagir à altura e não calar.
Se um ex-presidente como Lula é vítima do arbítrio, da perseguição e da infâmia, o que pode suceder a qualquer brasileiro que, por algum motivo, esteja à mercê de juízes autoritários e instituições em conflito?
Confio que os tribunais superiores desmascarem a perseguição política evidente e reformem a absurda sentença.
Lula, como qualquer brasileiro, merece um julgamento justo. Por Lula, por todos, pelo Estado Democrático de Direito.
*Deputado federal (PCdoB/SP) Orlando Silva
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