José Américo.:GOVERNO ALCKMIN SUCATEIA CPTM

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O transporte ferroviário em São Paulo, destinado principalmente ao transporte dos trabalhadores que moram na periferia ou nos municípios da Grande São Paulo, encontra-se em situação lastimável. Trata-se do exemplo mais bem acabado da péssima gestão do governo Alckmin na área de mobilidade urbana, que também inclui o Metrô e ônibus intermunicipais. Com 260 Km de trilhos, distribuídos em seis linhas, os trens urbanos de São Paulo poderiam transportar muito mais que os três milhões de passageiros que carregam por dia, não fosse a precariedade de seus trilhos, estações, locomotivas e vagões. Nas campanhas eleitorais de que participou para governo paulista, Alckmin sempre repetiu a promessa de ampliar os recursos para a manutenção e a modernização das linhas. Mas nunca chegou nem perto de cumprir o que prometeu nas campanhas. Ao contrário, os investimentos vêm sendo sistematicamente reduzidos em sua gestão. Em 2016, por exemplo, eles sofreram um corte de 45%.
Acrescente-se a isso a corrupção sistêmica que existe na CPTM - empresa que gerencia os trens urbanos de São Paulo - praticamente desde a sua criação há 25 anos, e que tem provocado a drenagem de somas enormes de recursos para o bolso da gatunagem tucana. Para ilustrar a bandalheira, citemos as seis licitações para reforma e compra de trens, que foram denunciadas pelo Ministério Público e acatadas no mês passado pela Justiça. Os promotores acusaram a própria direção da CPTM como responsável pela organização do cartel, que manipulou os preços da licitação, e causou prejuízos de mais de 500 milhões aos já combalidos cofres da ferrovia. Lembre-se que esta denúncia é apenas uma das 14 que teve origem na investigação conhecida como Trensalao Tucano, deflagrada em 2013, com o acordo de leniência da Siemens, que admitiu a pratica de cartel com outras empresas, o que acarretou prejuízos vultosos à CPTM e ao Metrô de São Paulo.
Em conjunto, a gestão deficiente, a corrupção e falta de investimentos são responsáveis não apenas pelo desgaste dos passageiros obrigados a usar um modal de transporte de baixa qualidade, mas por um sucateamento que pode se tornar irreversível de um sistema ferroviário que levou mais de um século para ser implantado. Temos casos trágicos de abandono e incompetência administrativa. Como o uso recorrente de trens velhos, pelo fato de consumirem menos energia que os novos, nas linhas com alimentação elétrica deficiente. Ou as estações que enfrentam obras intermináveis, como a de Francisco Morato e Jaraguá. Ou ainda a precariedade do trecho entre Francisco Morato e Várzea Paulista, da linha 7, a Rubi, considerada a pior de todas, no qual desde 2001 os trens tem que reduzir sua velocidade para 20 km por hora, em virtude de trilhos e dormentes em mal estado e insuficiência na alimentação elétrica.
A partir da próxima terça-feira, vou visitar as linhas da CPTM, a começar pela Linha 7, a Rubi, para elaborar um relatório que vou encaminhar à Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, que eu presido, com um diagnóstico completo e soluções para a nossa ferrovia urbana.
( os trens velhos dominam a linha 7)

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