Movimento busca 1,3 milhão de assinaturas para anular impeachment de Dilma

viomundo

03 de julho de 2017 às 11h24

  
VOLTA, QUERIDA
Movimento lança ação popular pela anulação do impeachment de Dilma Rousseff
Abaixo-assinado pretende colher 1,3 milhões de assinaturas e encaminhá-las ao STF para questionar o mérito do processo que determinou o afastamento da presidenta eleita
São Paulo – O Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment está recolhendo assinaturas que deverão sustentar ação popular em favor da anulação do afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff. A coleta de assinaturas teve início na última sexta-feira (30) durante o dia nacional de paralisação convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais que protestaram contra as reformas do governo Temer.
Na ação, o grupo contesta o mérito do processo de impeachment, apesar do seguimento dos ritos legais durante o processo, e reafirma não ter havido crime de responsabilidade cometido pela então presidenta Dilma.
“O impeachment foi movido por RAZÕES POLÍTICAS, de sorte a retirar do poder um governo disposto a combater a prática endêmica de corrupção, interromper um projeto de país mais inclusivo e justo e implantar um governo de política voltada totalmente aos interesses neoliberais, que coloca os direitos básicos sob risco e a soberania nacional em segundo plano”, diz trecho do cabeçalho do abaixo-assinado criado pelo grupo.
O movimento, que conta com comitês que funcionam em diversas cidades do Brasil e do exterior, pretende reunir 1,3 milhões de assinaturas – ou 1% do eleitorado –, que estão sendo coletadas no papel, em vez de virtualmente. O resultado será então encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), para pressioná-lo a revisar o mérito do processo do impeachment.
“A gente sabe que o Supremo é golpista, que está alinhado com as forças do golpe, mas a gente tem que fazer um contraponto, uma oposição a isso. Se o povo pressionar, vai ser outra força e vai fazê-los pensar. É isso que está faltando aqui no Brasil, essa resistência popular de fato”, afirma a enfermeira aposentada e militante Edva Aguilar, que está centralizando a coleta.
A ação começou em São Paulo, durante as manifestações da sexta-feira, 30 de junho. Edva conta que a iniciativa foi recebida com forte adesão e espera, em breve, entregar ao STF um calhamaço de assinaturas. “Não precisamos nem fazer discurso de convencimento, as pessoas vinham e assinavam espontaneamente, tinha até fila”, lembra a ativista.
Edva orienta que as assinaturas deverão ser colhidas no papel – modalidade comprovadamente mais eficaz que os similares e petições virtuais e, posteriormente, a ela encaminhadas. O modelo pode ser copiado a partir da imagem ao fim desta matéria. Para solicitar ao movimento o arquivo com o texto, além de encaminhar as assinaturas colhidas, deve-se contactar Edva Aguilar pelo e-mail edvamab@uol.com.br.

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