Nada de muitos borzeguins ao leito, senhores e senhoras.
Temos um ponto de virada neste processo de brutalização do Brasil e ele está nas urnas de 2018.
Se elas não vierem ou se nelas triunfar a extrema-direita, acabaremos de escorregar no barranco da selvageria por onde desliza hoje o Brasil.
Estamos pagando o preço de discussões de “minorias” que nos alienam de sermos um povo que caminhava com alegria para a aceitação de todos para uma horda de ferozes que não aceita nada que não seja suas próprias verdades.
Os brutamontes, os imbecis, os moralistas também as têm e, pode crer, precisam argumentar bem pouco por elas, se é que precisam argumentar algo.
Minha ideologia de gênero, neste momento, é só uma, a do gênero humano. Aquela que me faz reconhecer, em qualquer um, um ser humano como eu, dono de sua vida pessoal, para fazer dela o que bem quiser, desde que não maltrate o outro.
Nada além do que dizia minha velha avó: seu direito termina onde começa o do vizinho.
Meu conceito de honra é uma prática de vida, não um discurso. Este, deixo aos cínicos.
Porque não pode haver honra, dignidade, honestidade, moralidade se houver uma criança com fome, um guri fora da escola, um ronco de fome na barriga de alguém.
É preciso saber quando sua pátria, sua liberdade e a própria ideia de humanidade estão em jogo.
Não há nada mais parecido com uma turba de linchadores quanto a nossa elite, parte da elite intelectual inclusa.
Uma turma de cínicos, que esbanja seu dinheiro “honesto e fácil”, cercada por outra, ainda maior, que não tem tanto a esbanjar senão os seus sonhos de ser, assim, “celebridades”.
Nada disso, porém, nos pode tornar furiosos.
Contra a histeria, nossa força é a serenidade.
Contra a agressão, o argumento.
Contra a vilania,. a dignidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário