Recado aos Vereadores: Escrito com carvão no estacionamento da Câmara Municipal
O sarau do sétimo dia foi um evento maravilhoso e por lá passaram de 100 a 150 pessoas, visto
que o evento durou pouco mais de três horas, das 18:30 horas até 21:45 horas e
vamos aqui relatar o que se passou.Todos sabem que a prefeitura insiste que a cultura só tenha 0,22% do orçamento enquanto deveria ter 1%, dando uma diferença em média de R$ 2 milhões de reais por ano entre 2018 a 2021.
Chegamos lá as 18 horas e notamos dois carros da guarda
municipal parados em frente Câmara Municipal e pelos menos cinco policiais na porta, indicando que se poderia invadir
a Câmara, o que e revela o medo dos poderosos ante o movimento social. Mas estes
desconhecemo movimento, que ignorou a presença da guarda civil, e
começou a se organizar para começar o evento, colocando a caixa de som, mesa para
a venda de bolo, sanduíche e refrigerante. Para desespero dos contrários ao movimento não havia
álcool e havia muitas crianças curtindo o evento.
A direita raivosa da cidade, que sempre age de maneira
covarde e no subterrâneo, inventou que se estava fechando a rua, que não
ocorreu como a própria policia constatou.Curiosamente quatro carros da polícia
chegaram ao evento no momento que se apresentava o grupo de Rap.
As pessoas ficaram no
estacionamento da Câmara Municipal e calmamente curtiram os shows dos músicos, especialmente
do grupo Crisântemo e o TOM (Elienton), leitura de textos de Jorge de Lima pela Ângela e Mia Couto pelo Joaquim,
apresentação de teatro do Felipe, da Julia e do Outro Luiz.
O Sarau foi aberto com uma fala de Paulo Morais explicando todo o processo de retirada de recursos da cultura que levaram a fazer o enterro da cultura e agora este Sarau.Já no final, Pedro Cuba, presidente do Fórum Municipal de Cultura falou sobre a importância do evento e sobre a luta para ampliar os recursos da cultura.
Houve um varal de desenhos e pinturas, além de faixas expostas explicando a população o que ocorria.
Muito importante foi a convivência diferentes classes sociais e grupos culturais mostrando que a tolerância e o amor davam o tom do evento.
O evento foi organizado pela União Regional dos Estudantes e
por isso havia muito jovens que contaminavam
o espaço com sua alegria e persistência de lutar pela cultura e contra
os retrocessos vividos no país.É claro, que como sempre se ouviu o Fora Temer também.
O evento mostrou como se pode fazer política com P maiúsculo, questionando decisões dos Poder Legislativo e do Executivo, de modo pacífico, e ainda de forma a que o espaço físico do poder Legislativo seja ocupado pelo povo com arte e cultura.
Depois colocaremos mais fotos e videos em outra postagem.
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