Moro, MP e PF em Curitiba: ação entre amigos?

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A pior coisa que pode acontecer às instituições públicas na área repressiva é, em lugar de servirem como freios e contrapesos umas às outras, passarem a atuar como um grupo onde, entre si, todos se defendem e se protegem de qualquer controle externo.
Marcelo Auler, em seu blog, descreve com detalhes como as investigações sobre os procedimentos internos da Polícia Federal da Lava Jato “morrem”, pela intervenção da Força Tarefa do Ministério Público e, afinal, na 13a. Vara Federal, dirigida por Moro:
“o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) – embora constitucionalmente seja “fiscal da Lei” e tenha entre suas atividades o controle externo da Polícia Federal – vem tentando barrar investigações abertas pela Coordenadoria de Assuntos Internos (Coain) da Corregedoria Geral do Departamento de Polícia Federal (COGER/DPF) contra delegados e agentes que atuaram na Força Tarefa da Lava Jato. Paralisou uma e quer parar outra, antes mesmo de ser finalizada.
Junto ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, os procuradores conseguiram o trancamento do Inquérito Policial (IPL) nº. 05/2016-COAIN/COGER (autos nº. 5053382-58.2016.404.7000). Presidido pelo delegado Márcio Magno Xavier, o IPL apurava as denúncias da ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, de irregularidades cometidas por policiais, inclusive uma busca e apreensão feita para esquentar documentos que já tinham em seu poder.” (…)
Agora, em dois outros inquéritos sobre a escuta clandestina colocada em  celas da PF de Curitiba, pedem o trancamento da ação, em um caso, e o envio do processo a Sérgio Moro, em outro.

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