Os marqueteiros de Doria

ovo
João Dória ganhou o dia.
De manhã, ganhou os afagos de Temer, enquanto Geraldo Alckmin bufava, alegando um desencontro para estar bem longe.
De noite, ganhou uma chuva de ovos para firmar a imagem que seu marketing escolheu: o de valente que enfrenta os “selvagens da esquerda”.
Exatamente como ele se desenhou no panfleto da “Istoé” desta semana.
Precisa “tirar o atraso” para Jair Bolsonaro, como o valentão da vez.
Tudo estava preparado e os guarda-chuvas , ou guarda-ovos, saíram a proteger o “guerreiro”.
Doria  é um ilustre desconhecido fora de São Paulo e dos círculos elitistas e dos bem informados.
Não resite a 100 gramas de argumentos.
Mas é um herói quando enfrenta os ovos que a tolice arremessa, iguaizinhos às bolotas de paintball que o Kim Kataguiri dispara contra retratos do Che Guevara.
A agressividade e até a agressão, propriamente dita, são as armas eleitorais de Dória.
João Doria é como aqueles truques de ilusionismo, que depende da crendice da platéia para impressionar.
É para enganar os bobos, com a casca de ovo.

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