Mudanças foram anunciadas após denúncias de casos de racismo em unidades do Atacadão, marca do grupo Carrefour, em São Paulo e Curitiba
247 - A rede Atacadão, pertencente ao grupo Carrefour, alterou os protocolos de segurança interna e suspendeu a circulação de fiscais de prevenção em suas 334 lojas no Brasil. Mudança ocorre após denúncias de casos de racismo em São Paulo e Curitiba
"A função dos profissionais que ficam em pontos fixos ou à frente do caixa é ser ponto de apoio aos clientes, ou atuação em casos de urgência (clientes passando mal e acidente, por exemplo)", disse o grupo por meio de nota.
Ainda segundo a rede, o Atacadão irá revisar os treinamentos das equipes através de uma parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, além de anunciar que irá promover "melhorias no processo de monitoramento de câmeras para manter um ambiente seguro para seus clientes".
Nos casos mais recentes, a professora Isabel Oliveira foi perseguida por um segurança durante meia hora ao fazer compras no supermercado Atacadão, que é do grupo Carrefour. A mulher se despiu e protestou contra o racismo.
Já Vinícius de Paula, esposo da jogadora de vôlei da seleção Fabiana, também denunciou que sofreu uma ação racista em uma unidade do Carrefour em São Paulo.
Os casos de racismo também entraram no radar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, durante evento alusivo aos 100 primeiros dias de governo, no início de abril, afirmou que não situações como as registradas nas unidades do grupo são inaceitáveis no Brasil.
"Ontem eles cometeram mais um crime de racismo com um cliente. Temos que dizer para a direção do Carrefour: se eles querem fazer isso no país de origem deles, que façam, mas não iremos permitir que eles ajam assim aqui", disse Lula na ocasião.
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