O MOVIMENTO ESCOLAS EM LUTA no exercício de escuta da rede municipal de educação, recebeu diversas contribuições de perguntas de colegas do chão da escola e encaminhou para as três chapas que concorrem a eleição de Diretoria do SINPEEM, que acontece no próximo dia 05 de maio.
A intenção deste questionário foi permitir um debate de ideias e propostas , além de cards, para subsidiar os eleitores na escolha da chapa que irá compor a Direção do maior sindicato municipal de profissionais da educação.
Aproveitamos o ensejo, para agradecer e parabenizar cada uma das chapas que respondeu as questões formuladas pelo chão da escola.
É vital para a defesa dos direitos da classe trabalhadora e da escola pública gratuita , laica e de qualidade que a participação eleitoral seja a mais ampla e diversa possível,
fortalecendo a legitimidade do pleito, qualificando a representatividade e buscando ampliar a democracia sindical.
O MOVIMENTO ESCOLAS EM LUTA
reforça a importância que todos e todas votem na eleição do dia 5 de maio e fortaleça o SINPEEM
Veja as perguntas feitas:
https://searadionaotoca.blogspot.com/2023/04/nota-movimento-escolas-em-luta-eleicao_99.html
Repostas da Chapa 2-OPOSIÇAO UNIFICADA:
A Chapa 2 - Oposição Unificada - Chegou a hora de mudar! - é
composta por educadoras do
quadro de apoio, professoras, gestoras e aposentadas de
todas as regiões da cidade.
Acreditamos que só a luta organizada traz conquistas e, por
isso, lutamos em defesa da escola
pública, laica, de qualidade social para todas/os e contra
toda forma de privatização e
terceirização.
A Chapa 2 constrói o SINPEEM diariamente nas escolas e nas lutas
gerais, defendendo sua
independência política de governos, partidos e patrões e sua
radical democratização.
Nossa chapa vivencia a unidade e diversidade do cotidiano e
foi linha de frente nas greves pela
vida e contra o SAMPAPREV, na organização dos comandos de
greve, acampamentos e na Luta
do chão da escola.
Estamos disputando essas eleições sindicais por acreditar
que chegou a hora de derrotar o
personalismo, o imobilismo e a falta de democracia e
independência política.
Temos diversas propostas para a organização das lutas e do
sindicato. Parte importante delas
veio da construção coletiva da própria rede, nas lutas e
cotidiano.
Acreditamos que mais do que propostas no papel temos de ter
disposição para lutar.
Independência política para enfrentar os interesses dos
patrões, partidos e governos em defesa
dos direitos e da escola pública. E, fundamentalmente,
precisamos de um sindicato que organize
à luta, com democracia e possibilitando a ampla participação
da categoria. Por isso queremos
mudança, para fortalecer o SINPEEM, para melhorar as
condições de trabalho, defender a escola
pública e os direitos da população e categoria.
Segue abaixo um conjunto de formulações e propostas para as
questões levantadas. Diversos
assuntos são interligados a outros e também pontos que
achamos de fundamental importância
que não estão presentes nas questões, como a EJA por
exemplo.
Expressamos posicionamentos e disposição para a luta, assim
como a democracia para ampliar
e aprofundar debates com o conjunto da rede.
Infelizmente o processo eleitoral ocorreu de forma muito
aligeirada, reduzindo o tempo
necessário para aprofundamento. Mas também acreditamos que a
categoria reconhece que o
personalismo, a falta de democracia, ausência de crítica
frente às políticas governamentais e o
imobilismo têm nos trazido derrotas e dificuldades.
A nossa força é coletiva e organizada, por isso é
fundamental a mudança.
Optamos por responder as questões levantadas pelo movimento
Escolas em Luta por tópicos,
englobando os temas propostos, visando facilitar a
compreensão dos eleitores.
Aproveitamos para divulgar nossas redes sociais, que contém
o conjunto dos nossos materiais.
facebook.com/democracianosinpeem
Instagram.com/chapa2oposicaoalternativa
Conjuntura
O SINPEEM é o principal sindicato de educadoras do
município. As mobilizações e greves
garantiram direitos que, nos últimos anos, estão sendo
atacados e retirados.
Esse período de perdas coincide com a paralisia da direção
do SINPEEM, que abdicou de
convocar a base para, coletivamente, decidir e enfrentar os
governos de plantão.
No Brasil, apesar da derrota eleitoral de Bolsonaro, a
ultradireita segue forte e nos atacando.
Além da precarização do trabalho, das reformas trabalhista e
previdenciária, da ampliação da
terceirização – tornando-a irrestrita –, patrões e governos
agem para cooptar parte dos
movimentos e atacam, ferozmente, nossa organização sindical.
No estado e na cidade de São Paulo, Tarcísio e Ricardo
Nunes, alinhados com o Bolsonarismo, já
propõem privatizar o que sobrou dos serviços públicos,
retirar verbas da educação e ampliar a
retirada de direitos de servidores.
Na educação, se aplicam reformas que a transformam em
mercadoria e, através de fundações
privadas, transferem recursos públicos para empresas,
impactando em toda a Educação Básica.
A CHAPA 2 acredita que somente os movimentos organizados
pela base, com mobilização de rua,
garantirão conquistas, inclusive retomando as que nos foram
arrancadas no último período. E é
justamente o que não faz a diretoria do SINPEEM.
A CHAPA 2 defende a independência política em relação a
partidos, governos e patrões, a
retomada de nossas bandeiras históricas e a democracia nas
instâncias, o que a diretoria do
SINPEEM já não faz há muito tempo.
Não vemos disposição da direção do SINPEEM em cumprir esse
papel histórico; pelo contrário,
ela tem se esquivado de combater o governo Nunes e, ao mesmo
tempo, afasta a categoria das
lutas diretas, não convocando assembleias ou as tornando
cada dia mais burocratizadas, o que
vale também para as reuniões de representantes e de
conselheiros.
Cabe ao movimento Sindical e ao SINPEEM, em especial,
participar ativamente das lutas gerais
para derrotar de vez a ultradireita e, ao mesmo tempo,
mobilizar a classe e a categoria para
ocupar as ruas em defesa de um país democrático, justo e
igualitário, além de convocar ações e
mobilizações para recuperar as perdas e ampliar conquistas.
Não é colocando a principal reivindicação da categoria no
nome da chapa que avançaremos. É
preciso, de fato, convocar assembleias e organizar a greve,
já deliberada, para obter vitórias.
Governo Ricardo Nunes
O prefeito Ricardo Nunes tem na verdade uma política de
destruição da Educação Pública
Municipal, além do seu histórico vínculo com os setores
privatistas da educação. Sua adesão ao
Governador e as propostas de extrema direita aprofundam os
ataques que já vínhamos sofrendo
nos governos anteriores, com risco efetivo de perdas ainda
mais acentuadas, além da
terceirização da gestão das escolas de Ensino Fundamental e
de outras áreas da educação
municipal, inclusive da atividade fim.
A CHAPA 2 – OPOSICAO UNIFICADA – CHEGOU A HORA DE MUDAR! Se
propõe a mobilizar a
categoria para combater efetivamente essa política de
destruição.
Sindical
O SINPEEM é dirigido há mais de 36 anos pelo mesmo grupo
político, autodenominado
“Compromisso e Luta” e tem na figura de Cláudio Fonseca sua
principal representação e
símbolo.
É candente a falta de democracia que esse grupo imprimiu no
sindicato, ao longo desses anos,
em todas as suas instâncias.
Vemos como assembleias são manobradas, propostas vitoriosas
não são encaminhadas e falas
não são respeitadas. Mas nos últimos anos a situação piorou:
as dificuldades impostas pela
pandemia e os ataques do governo à nossa organização
tornaram se uma janela de oportunidade
para a diretoria do sindicato aprofundar a falta de
democracia, a burocratização, o esvaziamento
das críticas e a inviabilização das lutas. O sindicato foi
fechado, e lutar frente ao desmonte da
rede municipal ficou mais difícil.
Nossa categoria tem uma história de lutas e enfrentamentos.
Construiu recentemente a difícil e
necessária greve pela vida, que durou 120 dias. Também se
mobilizou contra o Sampaprev 2, a
terceirização e a parceria público privado, além de ter se
organizado pelo reajuste salarial. Não
nos dobramos aos neoliberais, tampouco ao privatista e
truculento governo de Ricardo Nunes
(MDB).
A política de fechamento do sindicato enfraqueceu nossas
lutas e fortaleceu o governo, nos
levando a derrotas. Houve redução de faltas abonadas para 06
por ano e limitação da dispensa
de ponto para atividades sindicais. Nunes conseguiu retirar
direitos previdenciários e aprovar o
confisco de 14% da remuneração dos aposentados e
pensionistas, além de ameaçar com a
implantação de subsídios aos trabalhadores da educação.
Essas derrotas estão na conta da atual
direção do sindicato, que não organizou a luta!
Não podemos esquecer que o presidente do sindicato fez
campanha para João Doria e quando
vereador, compôs sistematicamente a base governista. Mesmo
sem mandato, esse atrelamento
persistiu, impossibilitando críticas e imobilizando lutas
para resistir ao desmonte de Nunes.
Basta dessa direção subserviente que não representa os
anseios da categoria: nosso sindicato
é para lutar!
A CHAPA 2 defende um sindicato e Centrais Sindicais
radicalmente democráticas e
independentes de governos e partidos. O sindicato tem de
lutar guiado pela coerência e não
pela conveniência. Democratizar o sindicato se faz com o fim
do monopólio de falas e decisões,
se assegurando a pluralidade de posições e opiniões, e não
reproduzindo as estruturas
opressoras da sociedade.
Não há mais espaço para ouvir e esperar passivamente: os
ataques não param e a atual diretoria
já mostrou não ter disposição de lutar. Por isso
democratizar radicalmente nosso sindicato é
fundamental.
A defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade,
para as maiorias e pela ampliação
de direitos tem que se alicerçar na categoria organizada,
nas escolas e nas regiões.
Relação com a CUT e demais centrais sindicais
A CHAPA 2 considera que vivemos um contexto de ataques aos
instrumentos de luta da classe
trabalhadora pela extrema direita, ultraliberal e
ultraconservadora. Portanto, defender os
instrumentos da classe e fortalecê-los é fundamental.
É muito importante a filiação a uma central sindical e a
CNTE, pois coloca o SINPEEM em
consonância com o conjunto da Classe Trabalhadora.
Nossa chapa é formada por setores ligados a diversas
centrais e nossa unidade se faz em torno
da necessidade da luta unitária em defesa da educação,
direitos e serviços públicos.
Não há em nenhuma de nossas propostas e materiais a defesa
de desfiliação da CUT. Nosso foco
é a defesa dos direitos e unidades nas lutas.
Infelizmente, a direção do SINPEEM enfraquece essa unidade
ao não construir com a categoria
a participação em lutas nacionais, como o ato nacional pela
revogação do Novo Ensino Médio,
em 22 de março, e a greve nacional da educação chamada pela
CNTE no dia 26 de abril.
Invariavelmente, há anos, a diretoria atual do SINPEEM usa
os artifícios mais condenáveis para
afastar a categoria da unidade necessária com sindicatos
cutistas, como o SINDSEP e a APEOESP,
o que provoca um atraso lastimável no combate unitário pela
reconstrução dos serviços públicos
e pela defesa da educação pública.
Para nós da Chapa 2 a UNIDADE é pra valer!
Subsedes
A CHAPA 2 é favorável às SUBSEDES com estrutura nas regiões
para aproximar a categoria do
SINPEEM e facilitar a organização das lutas.
As subsedes constam do Estatuto da Entidade e a categoria
aprovou sua implementação em dois
congressos, e só não foram implementadas por vontade da
atual direção, que além de contrária,
desrespeitou a decisão do Congresso, demostrando a falta de
democracia sindical, que está no
DNA da atual diretoria.
Nossas lutas demonstram a necessidade de subsedes, espaços
fundamentais para a organização
regional e para a maior aproximação dos associados à
entidade.
Presente no estatuto e aprovada nos congressos da categoria,
segue sendo letra morta.
Previdência/ luta contra o confisco
A revogação da Reforma da Previdência, do confisco dos 14%,
da diminuição do valor de pensões
só ocorrerá com muita mobilização da categoria, em unidade
com todos os setores que sofreram
o mesmo ataque.
Só a unidade e a mobilização derrotarão esse ataque que não
ocorre só em São Paulo. Por isso,
não basta negociações de gabinete.
Logicamente, teremos que utilizar também outras táticas,
como a pressão sobre o legislativo e o
judiciário, combinando o movimento de rua com as ações
institucionais.
Receber 70% da média de todos os salários, após dedicar 25
anos ao trabalho precarizado como
é o da nossa categoria, só podendo receber 100% dessa média
com 40 anos de contribuição
previdenciária é mais do que uma forma de confisco, é uma
espécie de condenação à morte no
trabalho.
O distanciamento do SINPEEM da base da categoria e a não
convocação de ações de rua, após o
auge da pandemia, fez com que nesses últimos anos
acumulássemos derrotas.
A Reforma da Previdência faz parte de um pacote de
desregulamentação e retirada de direitos
do projeto neoliberal aplicado há anos e agora reforçado
pelas políticas de ultradireita, o
combate a esse projeto geral é que também nos coloca contra
a Reforma Trabalhista e a Reforma
do Ensino Médio, dentre outras
Quadro de apoio
As escolas não funcionam sem o QA. No entanto, o segmento
tem sofrido com os ataques dos
governos.
As trabalhadoras do QA são educadoras fundamentais. Apesar
do trabalho intenso, a
desvalorização e a diferenciação em relação aos direitos na
carreira é presente.
Defendemos:
- Evolução funcional com critérios semelhantes à dos
docentes;
- Redução da jornada para 30hs sem redução de salário;
- Opção de transformação do cargo de Agente Escolar para
ATE;
- Revogação imediata das reformas da previdência;
Política de formação em serviço.
Ensino médio
A CHAPA 2 considera fundamental que o SINPEEM jogue peso na
campanha nacional pela
revogação do chamado Novo Ensino Médio que não tem nada de
novo, assim como da BNCC,
alicerce dessa Reforma.
A proposta construída pelas fundações privadas da educação
nem forma para a vida cidadã nem
para o ensino profissional, sob a falsa ideia de um ensino
atraente para os estudantes criou uma
série de Itinerários deformativos que se traduzem em mais de
1500 pseudo-disciplinas que estão
acabando com o Ensino Médio.
Não há o que remendar, é preciso revogar.
A CHAPA 2, colocará o SINPEEM efetivamente na luta contra
essa reforma, pois os privatistas da
educação que já dominaram grande parte do Ensino Superior e
do Ensino Infantil, atacam agora
o Ensino Médio e o próximo passo é o Ensino Fundamental.
Nossa rede tem poucas escola de Ensino Médio, mas esse
ataque atinge a educação pública de
conjunto, sendo assim, o SINPEEM não pode ficar de fora
dessa luta.
Ataques às escolas – Medo e adoecimento: qual a saída?
Como estão escola, educadores, estudantes e famílias depois
da morte de uma professora numa
escola estadual de SP e de crianças pequenas numa creche em
Blumenau?
Há um quadro de desespero e trauma que não pode ser
banalizado e que não será resolvido com
medidas emergenciais. A escola pública sofre constantemente
um processo de desvalorização e
desqualificação e, o que vivemos hoje, é consequência disso,
aliado ao discurso de ódio e
violência carregados de misoginia, lgbtfobia e racismo dos
últimos anos de desmonte do Estado.
É fundamental a defesa do SUS e do conjunto de serviços
públicos.
A escola é um local de diálogo, acolhimento, diversidade, e
aprendizado. Não pode ser esvaziada
de seu sentido e nem ser local de medo e insegurança.
Por isso, é fundamental fortalecer seus PPPs e espaços de
participação.
Medidas que visam aos efeitos imediatos e que dialoguem com
as causas precisam ser
implementadas com os mais atingidos.
Não dá para conviver com este clima de medo sem uma reação
organizada da categoria.
DEFENDEMOS:
- PARADA PEDAGÓGICA URGENTE para debater, nas unidades, o
impacto desses acontecimentos
no local e identificar medidas de curto e médio prazo.
- REUNIÕES com familiares apontando a importância da
parceria escola/família para enfrentar
esse momento crítico.
- MEDIDAS DE SEGURANÇA: investir no trabalho de inteligência
das forças de segurança para
identificar e dissolver células nazi/fascistas e de extrema
direita que agem no aliciamento de
jovens para a prática ou ameaças de atos violentos.
- ATOS PÚBLICOS REGIONAIS contra a violência que a escola
pública vem sofrendo.
- AMPLIAR o módulo de ATEs e de Professoras nas unidades,
com chamada imediata dos
concursos em vigência.
Educação Infantil não é mercadoria. Não às salas
multietárias.
A ampliação de terceirizações na educação infantil é uma
realidade não apenas de Ricardo Nunes
(MDB) - investigado sobre a conhecida “máfia das creches”
(2021), que desviava dinheiro público
para o setor privado - mas de todas/os prefeitas/os que o
antecederam.
Hoje os CEIs conveniados e terceirizados somam-se a 85% da
rede pública da cidade e contam
com professoras professoras com contratos precários, sem
estabilidade e plano de carreira, além
de horas exorbitantes de trabalho.
Vale lembrar, como aponta a pesquisadora Mighian Danae
(2012), que esse regime de trabalho
é exercido sobretudo por mulheres negras, que são maioria na
educação infantil.
Somos contra as salas e turmas mistas e multietárias porque
não têm como premissa o amplo
desenvolvimento de bebês e crianças, mas sim reduzir o
número de famílias na lista de espera
por vagas.
Com isso, o que presenciamos são as junções de mini grupos
nos CEIs e Infantil nas EMEIs, sem
a ampliação de professoras/es, o que ocasiona insegurança e
gera adoecimento com as
péssimas condições de trabalho. Concursos públicos para a
ampliação de professoras/es,
módulos e ATEs;
DEFENDEMOS:
- Ampliação da rede direta de Educação Infantil;
Retomada/estatização dos CEIs indiretos;
- Criação do cargo de Secretária/o na Educação Infantil;
- Contratação de estagiárias na educação infantil;
- Por uma educação inclusiva na infância, investimento,
recursos e concursos públicos para
contratação de funcionários especializados;
- Redução do número de crianças por sala e agrupamento.
Seguimos na luta contra as terceirizações, mas as
trabalhadoras não podem esperar;
Estabilidade para professoras/es e demais trabalhadores/as
das atuais conveniadas e
terceirizadas, sem assédio, com condições de trabalho e sem
atraso nos salários.
Educação Inclusiva é educação para todas e todos!
Educação inclusiva não se improvisa e se esgota com a
responsabilização unilateral das
professoras e professores, como quer o governo Nunes.
Inclusão requer dar todas as condições de atendimento ao
desenvolvimento dos alunos, dentro
e fora da escola.
Não há verdadeira inclusão com a existência de famílias
desassistidas pelos serviços públicos. É
urgente a luta unitária com os servidores das demais
secretarias do município, a fim de impor
ao governo a reconstrução da rede de proteção social
pública, para prover as demandas de
saúde, de assistência social, de emprego e de habitação.
A Educação Inclusiva passa pela ampliação dos módulos de
funcionários das UEs, por concursos
para AVEs, ATEs, professoras especializas, pela ampliação
das equipes do NAAPA, por condições
de trabalho para essas equipes, por redução de alunos por
turma, por adequação das instalações
prediais e do mobiliário.
Diante disso, para garantir melhores condições da qualidade
do ensino aos estudantes,
respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo
com suas necessidades, é
importante considerar:
- Redução do número de alunos por turmas;
- Por uma inclusão com qualidade, com investimentos,
recursos, concursos públicos para
contratação de funcionários especializados com atuação
diretamente nas escolas
Fortalecimento da rede de apoio e do SUS;
- Adaptação das estruturas físicas (banheiros acessíveis,
rampas de acesso, elevadores, piso tátil,
sinais luminosos);
- Cursos para formar professores da rede para o Atendimento
Educacional Especializado (AEE)
respeitando as especificidades das diversas deficiências;
- Disponibilização de mais professores PAEE, para uma real e
verdadeira inclusão de estudantes
com deficiência, por meio de um trabalho colaborativo entre
esses profissionais e as/os
professoras/es das turmas regulares;
- Oferta de cursos de Libras e Braille para profissionais
que trabalhem com estudantes surdos e
cegos
Aquisição de recursos materiais, tecnológicos e suportes
pedagógicos;
- Políticas públicas de inclusão a todas/os bebês, crianças,
jovens e adultos.
Em defesa da EJA
No momento, estamos em uma das mais graves crises
humanitárias. Com a acentuação da
precarização do trabalho no Brasil, o público alvo da EJA
luta diariamente para sobreviver.
Assim, a frequência à escola fica em segundo plano, elevando
exponencialmente a evasão.
Esse contexto facilita a política covarde e racista do
governo Nunes que, a exemplo de Bolsonaro,
nos últimos anos desinveste na EJA.
Em 2019, o Brasil tinha 11 milhões de jovens, adultos e
idosos não alfabetizados, sendo que 8
milhões são negras/os. Devemos cobrar além da efetivação de
chamada pública para matrículas,
políticas para o acesso e permanência na Educação de Jovens
e Adultos.
Em 2019, a cidade de São Paulo tinha 52.075 matrículas na
EJA. Em 2020 44.397 e, em 2021,
37.526. O ano de 2022 começou com 32.525 matrículas,
conforme a SME. A diminuição é
latente.
É preciso investir para aumentar o atendimento e impedir o
fechamento de salas e turmas e
considerar a especificidade da EJA, com currículo e práticas
formuladas para esse público,
ofertando turmas em todos os horários e não apenas no
noturno.
A EJA é espaço de diversidade e garantia de direitos para
uma população que, por diversas
razões, foi excluída da escola: Mulheres, jovens e adultos
com deficiência, negros e negras,
homens e mulheres trans e migrantes. Defender a EJA é
defender o direito à educação!
Assédio e machismo na rede e no sindicato
A CHAPA 2 se soma à luta contra o machismo, o racismo e a
LGBTQIA+fobia no chão da escola,
na sociedade e no sindicato. É crescente o assédio moral e
sexual nas escolas, seja por parte de
chefias, seja nas relações interpessoais.
Cresce também o machismo, o racismo, a LGBTQIA+fobia, nas
dependências escolares, reflexo
do fortalecimento da ultradireita patrocinadora de fakenews
como a cartilha gay e os banheiros
unissex, etc, propagandas mentirosas que convenceram parte
das comunidades e da nossa
categoria.
Infelizmente, as políticas públicas limitam a tratar a
questão como Bulling, sem aprofundar as
causas desse problema crescente.
É preciso que o SINPEEM cobre do governo municipal políticas
efetivas contra preconceitos e
discriminações, além da efetiva implementação das Leis
10.639/03 e 11.645/05, assim como
ações efetivas contra qualquer tipo de discriminações.
Por fim, não é possível tolerar que as estruturas sindicais,
de uma categoria majoritariamente
feminina, reproduzam práticas que silenciem as mulheres e
suas lutas.
CONSIDERAÇOES FINAIS
A CHAPA 2 – espera que, após mais de 30 anos, sem
revezamento na direção do SINPEEM, a
categoria aposte na mudança e vote na OPOSIÇÃO UNIFICADA.
Por um sindicato construído com
e pela base da categoria, rumo a um novo período de
conquistas. Venha mudar com a gente,
vote CHAPA 2 – OPOSIÇAO UNIFICADA – CHEGOU A HORA DE MUDAR!
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