07/04/2025

Sindsep, coletivos e entidades realizarão o 7 de abril, Dia Mundial de Saúde, com ato único em São Paulo. Veja ao vivo

 



veja aos vivo:

https://www.facebook.com/sindsep/videos/999133398862084/


_A programação desse ano tem como tema *Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos*, trazendo para o debate pautas conservadoras que vem avançando sobre o direito das pessoas que querem e também as que não querem ter filhos._

Na próxima segunda-feira (7 de abril), centrais, entidades sindicais e de movimentos sociais celebrarão o Dia Mundial da Saúde. Neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o tema "Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos", em referência à saúde das pessoas que gestam, reforçando que os direitos reprodutivos são direitos humanos.

Na prática, o tema busca reforçar que todas as pessoas têm direito a uma assistência digna e respeitosa ao longo de toda a vida. Isso inclui apoio e informação para decidir se e quando ter filhos, acesso a educação sexual na infância e juventude, acesso ao planejamento reprodutivo e atendimento em casos de violência, atenção baseada em evidências no pré-natal, no parto, no puerpério e no aleitamento.

Outros aspectos que se relacionam ao tema estão vinculados a direitos conquistados que estão sob ameaça, como licença-maternidade remunerada, acesso a creches, o direito ao colo e ao trabalho digno. Podemos acrescentar ainda o direito à moradia, à mobilidade urbana e à alimentação saudável, compondo um conjunto de direitos sociais que contribuem para o bem-estar e a saúde da população.

*CONFIRA O DOCUMENTO ANEXADO QUE SERÁ DISTRIBUÍDO NA CONFERÊNCIA DE SAÚDE, QUE COMEÇA HOJE (3/04) E SEGUE ATÉ DOMINGO*

Esses e outros assuntos estarão em debate na aula pública em frente ao Theatro Municipal de São Paulo, na Praça Ramos de Azevedo, onde será a concentração da atividade que depois seguirá em caminhada até a Prefeitura de São Paulo.

Pela proteção à maternidade e à infância, garantida pela Declaração Universal de Direitos Humanos desde 1948, por condições dignas de moradia, alimentação, educação, trabalho, mobilidade urbana e assistência ao longo de toda a vida, e por um SUS forte e resiliente, chamamos toda a sociedade a participar deste Dia Mundial da Saúde!

📌 *Aula pública e ato pelo Dia Mundial da Saúde*
7 de abril | Segunda-feira, 9h30
Concentração: Praça Ramos de Azevedo - em frente ao Theatro Municipal de São Paulo
Caminhada e ato em frente à Prefeitura de São Paulo

👩🏻‍🏫 *AULA PÚBLICA COM:*
- Danie Sampaio, representante da Associação de Doulas de São Paulo (Adosp) e Coletiva Mãe na Roda
- Fernanda Marçal Ferreira, representante do Grupo de Pesquisa Enfermagem e Assistência à Saúde de Mulheres: modelos, agentes e práticas (MAP) Mulheres e Docente da Escola de Enfermagem da USP
- Maria Fernanda Alves Garcia Montero, professora e militante da Marcha Mundial das Mulheres (MMM)
- Mariana Gervásio, docente do Curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP
- Nathalie Leister, representante da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo) Seccional São Paulo, e docente da Escola de Enfermagem da USP
- Simone Diniz, representante do Grupo de Estudos Gênero e Evidências (GEMAS) e professora titular da Faculdade de Saúde Pública da USP

CARTA ABERTA EM DEFESA DO SUS
Começos saudáveis, futuros esperançosos
Neste Dia Mundial da Saúde de 2025, trazemos ao debate a saúde das pessoas que gestam,
reforçando que os direitos reprodutivos são direitos humanos. Convidamos todas as pessoas
para uma aula pública em frente ao Theatro Municipal, no dia 7 de abril, às 9h30, seguido de
caminhada até a Prefeitura de São Paulo, onde faremos um ato.
Diante do avanço de pautas conservadoras no município e no Estado de São Paulo, bem como
no plano internacional, cabe reafirmar que todas as pessoas têm o direito de decidir se querem
ter filhos ou não e em que momento de suas vidas. Isso inclui ter acesso a educação sexual na
infância e juventude, a planejamento reprodutivo, a assistência em casos de violência sexual, a
atenção respeitosa e baseada em evidências no pré-natal, no parto, no puerpério e no aleitamento. Inclui, ainda, a licença-maternidade remunerada, o acesso a creches, o direito ao colo
de crianças periféricas e o trabalho digno.
Em 2023, o Brasil registrou 1.319 mortes maternas, o que corresponde a uma taxa de 51,9 óbitos por 100.000 nascidos vivos.1 Isso significa que, a cada dia, de 3 a 4 pessoas perderam a vida
devido a complicações relacionadas à gestação, ao parto ou ao aborto. No município de São
Paulo, a razão de mortalidade materna foi de 41,1 óbitos por 100.000 nascidos vivos,2 um patamar alarmante considerando a riqueza da cidade e o fato de que mais de 90% dessas mortes
poderiam ter sido evitadas com uma assistência adequada.
As mortes são apenas a ponta do iceberg. A lista de problemas é longa! Todo mundo conhece
alguém que sofreu violência obstétrica, racismo no atendimento em saúde, impedimento à
presença de acompanhante no parto (um direito garantido por lei federal), proibição da participação da doula (um direito em muitos municípios, inclusive em São Paulo), falta de vaga na
maternidade, cesariana indesejada, ou parto normal agressivo, falta de cuidado e sensibilidade
diante de uma perda gestacional, recusa de acesso ao aborto legal, falta de apoio e orientação
sobre aleitamento, entre tantas outras questões.
O serviço de aborto previsto em lei do Hospital Vila Nova Cachoeirinha segue fechado. Enquanto isso, somente em 2024, 257 meninas com até 14 anos se tornaram mães na cidade de São
Paulo. É preciso implementar Práticas Integrativas e Complementares, bem como ampliar o
acesso, a qualidade e a segurança da atenção primária e da atenção hospitalar. A taxa de cesariana foi de 60,9% no estado e de 55,3% na capital, em 2023,3 o que evidencia que a assistência
ao parto está distante do padrão recomendado internacionalmente. Por que expomos mães e
bebês a riscos desnecessários? O excesso de intervenções e cirurgias aumenta a mortalidade
materna e compromete a saúde futura dessa geração. Precisamos de um modelo de assistência que privilegie a experiência positiva, respeitando as necessidades de cada pessoa e família.
Os estudos mostram que a terceirização piora a qualidade dos serviços de saúde, e aumenta a
mortalidade evitável – mas Tarcísio e Nunes seguem nesse rumo! Quando não é possível terceirizar ou mesmo comprar recursos humanos por meio de pregão, precarizam o serviço público
e submetem os trabalhadores a condições degradantes.
Pela proteção à maternidade e à infância, garantida pela Declaração Universal de Direitos Humanos desde 1948, por condições dignas de moradia, alimentação, educação, trabalho, mobilidade urbana e assistência ao longo de toda a vida, e por um SUS forte e resiliente, chamamos
toda a sociedade a participar deste Dia Mundial da Saúde!
Plenária Municipal/Estadual da Saúde Assinam o documento:
Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras, seccional São Paulo - ABENFO-SP Associação de Alunas e Ex-Alunas do Curso de Obstetrícia - AO/EACH/USP Associação de Doulas de São Paulo - ADOSP Associação de Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo - Aproffesp Associação Odontológica da Prefeitura de São Paulo - AOPSP Associação Paulista de Distrofia Muscular - APDM Associação Paulista de Saúde Pública - APSP Brigada pela Vida Central de Movimentos Populares – CMP Central Única dos Trabalhadores de São Paulo Centro de Direitos Humanos e Educação Popular – CDHEP Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de SP Coletiva Mãe na Roda - Doulagem Periférica Coletiva Mamastê Coletiva Raízes do Parto Coletivo Democracia Corinthiana Comissão Justiça e Paz de São Paulo Conselho de Ensino do IFSP – CONEN Coordenação Nacional de Entidades Negras, São Paulo Curso de Obstetrícia - EACH/USP DMC Brasil Fórum em Defesa da Mulher Fraternidade Secular Charles de Foucauld do Brasil Frente Nacional de Mulheres com Deficiência Grupo de Estudos Gênero e Evidências - GEMAS/FSP/USP Grupo de Pesquisa Enfermagem e Assistência à Saúde de Mulheres: modelos, agentes e práticas - MAP Mulheres da Escola de Enfermagem da USP Grupo Tortura Nunca Mais Instituto BioMob de Diversidade e Inclusão Instituto Nexus Direitos Instituto Rede Democracia e Direitos Humanos – RedeD
Levante das Mulheres Brasileiras
Marcha Mundial de Mulheres
Marcha Mundial das Mulheres Negras
Movimento de Saúde da Zona Leste
Movimento de Saúde de São Mateus
Parto do Princípio
Pastoral da Pessoa com Deficiência
Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo
Pastoral Fé e Política da Região Episcopal Lapa
Plenária de Saúde de Osasco e Região
Plenária Estadual da Saúde
Plenária Municipal da Saúde
Rede Itinerante de Mulheres Atuantes - RIMA
Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo - SEESP
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no
Estado de São Paulo - SJSP
Sindicato dos Médicos de São Paulo - SIMESP
Sindicato dos Nutricionistas do Estado
de São Paulo - SindiNutri-SP
Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo – SOESP
Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo - SinPsi
Sindicato dos Servidores e Trabalhadores
Públicos em Saúde, Previdência e Assistência Social
no Estado de São Paulo - SINSPREV
Sindicato dos Trabalhadores das Autarquias de Fiscalização
do Exercício Profissional e Entidades Coligadas no Estado
de São Paulo - SINSEXPRO
Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e
Autarquias no Município de São Paulo - SINDSEP
Sindicato dos Trabalhadores no Sistema de Operação,
Sinalização, Fiscalização Manutenção e Planejamento Viário e
Urbano do Estado de São Paulo - SINDVIÁRIOS
Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de
São Paulo - SINDSAÚDE-SP
Sociedade Amigos do Jardim das Camélias
União dos Movimentos Populares de Saúde - UMPS

Nenhum comentário:

Postar um comentário