01/04/2011

.ACOLHIDA SOLIDÁRIA


Pe Júlio Gotardo

do jornal da estância

Nossa ação cristã deve ser aberta e acolhedora para todos os que necessitam, não esperando as pessoas em nossos gabinetes, mas indo ao encontro de todas, com predileção às mais necessitadas e desvalidos da sociedade.
 Um dos maiores males de nosso tempo, no meu entender, é a insensibilidade que é a raiz da falta de caridade. Não nos sensibilizamos mais pelo outro que se aproxima de nós. Normalmente valorizamos o outro pela sua riqueza material, pelo seu estado social ou pelo lucro que ele nos dá.
O individualismo e o desinteresse pelo nosso próximo fazem de nossa sociedade um aglomerado humano triste, uma massa sem sabor que busca egoisticamente a satisfação de desejos individualistas sem se preocupar com os desejos e direitos dos semelhantes.
Precisamos reverter esta situação com atitudes concretas de acolhida solidária que recebe qualquer pessoa e trata a todas e a cada uma com a mesma distinção e dignidade, sem “valorizá-la” mais ou menos, por qualquer que seja sua situação pessoal ou social.
A pessoa, nosso semelhante, tem um valor infinito pela sua posição pessoal que vai muito além das aparências e tem seu fundamento em nossa origem comum de filhos e filhas muito amados de um Pai que é infinito e nos criou à sua imagem e semelhança.
Por uma questão de justiça nunca podemos deixar de acolher e atender um ser humano que nos procura. Seja quem for, é nosso irmão ou irmã com direito de ser tratado como tal.
Estão na moda os identificadores de chamadas telefônicas que podem, erroneamente, serem utilizados para selecionar quem vamos atender ou como vamos atender quem nos chama.
A caridade cristã não pode fazer acepção de pessoas, deve acolher todo ser humano, de qualquer raça ou religião em qualquer situação que esteja.
Como Jesus Cristo fez, nossa ação cristã deve ser aberta e acolhedora para todos os que necessitam, não esperando as pessoas em nossos gabinetes, mas indo ao encontro de todas, com predileção as mais necessitadas e desvalidas.
Santos e pecadores, pobres e ricos, sãos e doentes, bons e maus: o nosso coração não deve excluir ninguém porque todos são filhos de Deus e irmãos nossos, resgatados pelo sangue redentor de Jesus Cristo.


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