Pe Júlio Gotardo
do jornal da estância
Nossa ação cristã
deve ser aberta e acolhedora para todos os que necessitam, não esperando as
pessoas em nossos gabinetes, mas indo ao encontro de todas, com predileção às
mais necessitadas e desvalidos da sociedade.
Um dos maiores
males de nosso tempo, no meu entender, é a insensibilidade que é a raiz da
falta de caridade. Não nos sensibilizamos mais pelo outro que se aproxima de
nós. Normalmente valorizamos o outro pela sua riqueza material, pelo seu estado
social ou pelo lucro que ele nos dá.
O individualismo e o desinteresse pelo nosso próximo fazem de nossa
sociedade um aglomerado humano triste, uma massa sem sabor que busca
egoisticamente a satisfação de desejos individualistas sem se preocupar com os
desejos e direitos dos semelhantes.
Precisamos reverter esta situação com atitudes concretas de acolhida
solidária que recebe qualquer pessoa e trata a todas e a cada uma com a mesma
distinção e dignidade, sem “valorizá-la” mais ou menos, por qualquer que seja
sua situação pessoal ou social.
A pessoa, nosso semelhante, tem um valor infinito pela sua posição
pessoal que vai muito além das aparências e tem seu fundamento em nossa origem
comum de filhos e filhas muito amados de um Pai que é infinito e nos criou à
sua imagem e semelhança.
Por uma questão de justiça nunca podemos deixar de acolher e atender um
ser humano que nos procura. Seja quem for, é nosso irmão ou irmã com direito de
ser tratado como tal.
Estão na moda os identificadores de chamadas telefônicas que podem,
erroneamente, serem utilizados para selecionar quem vamos atender ou como vamos
atender quem nos chama.
A caridade cristã não pode fazer acepção de pessoas, deve acolher todo
ser humano, de qualquer raça ou religião em qualquer situação que esteja.
Como Jesus Cristo fez, nossa ação cristã deve ser aberta e acolhedora
para todos os que necessitam, não esperando as pessoas em nossos gabinetes, mas
indo ao encontro de todas, com predileção as mais necessitadas e desvalidas.
Santos e pecadores, pobres e ricos, sãos e doentes, bons e maus: o nosso
coração não deve excluir ninguém porque todos são filhos de Deus e irmãos
nossos, resgatados pelo sangue redentor de Jesus Cristo.
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