José Maria Tomazela
A cadela Pretinha, que há oito anos vive no portão do Cemitério da Saudade, onde possivelmente seu antigo dono está enterrado, mobiliza moradores de Sorocaba. A cachorra, sem raça definida, dorme em uma caixa de papelão desde que a fiscalização de trânsito mandou retirar a casinha de madeira instalada pelos motoristas de um ponto de táxi.
Mais de 400 pessoas assinaram um documento enviado à Câmara pedindo à prefeitura que autorize a recolocação da casinha.
O taxista Claudemir Antonio Pastri, de 53 anos, conta que ele e os colegas se cotizam para dar ração e tratamento veterinário à cadela. “Levamos à clínica uma vez por mês.”
Segundo ele, Pretinha já teve uma casinha de madeira, mas um carro descontrolado subiu na calçada e a destruiu. “O motorista nos ajudou e compramos outra, mas os fiscais da Urbes (empresa municipal de trânsito) não deixam instalar.”
O vereador Claudemir José Justi (PSDB) recebeu o abaixo-assinado pedindo permissão para a casinha e se incumbiu de apresentar uma indicação na Câmara dirigida ao prefeito Vitor Lippi (PSDB). “Corro o risco de virar motivo de chacota, mas estive lá e os moradores pediram que fizesse a solicitação.”
De acordo com a Urbes, a casinha não pode ser instalada no local porque é um apetrecho particular e estranho à atividade do serviço de táxi.
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