04/08/2011

A INEVITÁVEL TENTATIVA DE DESQUALIFICAR


do jornal da estância
Dentro do mundo da política existem as pessoas que apresentam proposta de governo e as que preferem dedicar o seu tempo discutindo o caráter do adversário. É natural na política uma discussão mais acalorada a respeito das propostas e objetivos, mas o uso de adjetivos que desqualificam as pessoas demonstra que estão mais preocupados em denegrir do que discutir ações que venham a atender os anseios da sociedade.
É natural que o político fique mais exposto à opinião pública, e neste momento a história de vida passa a ter um papel preponderante. Muitas pessoas se perguntam: Qual é a qualificação necessária para se ocupar um cargo público?
Posso dizer que alguns valores são de fundamental importância, o primeiro é a humildade que se evidencia no desprendimento, na vida simples e desapegada dos bens materiais, que não quer dizer não ter bens materiais, mas significa não colocá-los em primeiro plano. Outro ponto de fundamental importância está na preocupação com as necessidades da população, e isto só é possível quando a pessoa tem sensibilidade para tal, ou seja, coloca o coração junto com a razão, para buscar uma decisão mais justa. Como podemos perceber a resposta está muito mais centrada nos valores humanos que propriamente nos valores técnicos, pois as atividades técnicas devem ser delegadas aos profissionais, tais como advogados, administradores, urbanistas, entre tantos outros profissionais de valor que podem e devem contribuir para a boa administração pública.
O político deve se utilizar desta sensibilidade para entender as necessidades da população e, de posse deste conhecimento, nortear o desenvolvimento de um plano de governo, pois o técnico consegue construir uma casa, mas o bom político constrói um lar.
A máquina pública não é composta de parafusos e engrenagem, mas de “gente”, e precisam encontrar no seu líder “uma pessoa da gente que gosta de gente”.
Vamos encerrar com o pensamento de um grande governante:
“O que é permitido a uns não o é a outros. Os que vivem a obscuridade podem cometer faltas por excesso temperamental. Poucos os conhecem (...) Mas os que investidos em altas funções passam a vida em evidência, nada fazem que não caia logo no conhecimento público. Assim, quanto mais elevada a posição social e política, menor a liberdade” (Júlio Cezar)
Vorneis de Lucia
Consultor em Gestão Estratégica

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