do jornal da estância
Dentro do mundo da política existem as pessoas que
apresentam proposta de governo e as que preferem dedicar o seu tempo discutindo
o caráter do adversário. É natural na política uma discussão mais acalorada a respeito
das propostas e objetivos, mas o uso de adjetivos que desqualificam as pessoas demonstra
que estão mais preocupados em denegrir do que discutir ações que venham a
atender os anseios da sociedade.
É natural que o político fique mais exposto à opinião
pública, e neste momento a história de vida passa a ter um papel preponderante.
Muitas pessoas se perguntam: Qual é a qualificação necessária para se ocupar um
cargo público?
Posso dizer que alguns valores são de fundamental
importância, o primeiro é a humildade que se evidencia no desprendimento, na
vida simples e desapegada dos bens materiais, que não quer dizer não ter bens
materiais, mas significa não colocá-los em primeiro plano. Outro ponto de
fundamental importância está na preocupação com as necessidades da população, e
isto só é possível quando a pessoa tem sensibilidade para tal, ou seja, coloca
o coração junto com a razão, para buscar uma decisão mais justa. Como podemos
perceber a resposta está muito mais centrada nos valores humanos que propriamente
nos valores técnicos, pois as atividades técnicas devem ser delegadas aos
profissionais, tais como advogados, administradores, urbanistas, entre tantos
outros profissionais de valor que podem e devem contribuir para a boa
administração pública.
O político deve se utilizar desta sensibilidade para
entender as necessidades da população e, de posse deste conhecimento, nortear o
desenvolvimento de um plano de governo, pois o técnico consegue construir uma
casa, mas o bom político constrói um lar.
A máquina pública não é composta de parafusos e engrenagem,
mas de “gente”, e precisam encontrar no seu líder “uma pessoa da gente que
gosta de gente”.
Vamos encerrar com o pensamento de um grande governante:
“O que é permitido a
uns não o é a outros. Os que vivem a obscuridade podem cometer faltas por
excesso temperamental. Poucos os conhecem (...) Mas os que investidos em altas
funções passam a vida em evidência, nada fazem que não caia logo no
conhecimento público. Assim, quanto mais elevada a posição social e política,
menor a liberdade” (Júlio Cezar)
Vorneis de Lucia
Consultor em Gestão Estratégica
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