Meirelles sai, mas só depois que Michel ficar

tijolaço

imexvel
Desculpem os leitores por estar tratando, quase que exclusivamente, de economia, ou do desastre da economia.
Mas é, depois do processo do triplex, o tema mais manipulado do noticiário brasileiro e, mesmo quando as coisas são ditas de maneira escandalosa – “contas são as piores em 21 anos”, por exemplo – elas não são ditas com a devida clareza.
E ditas com a devida clareza, a meta fiscal, o deus do altar neoliberal que nunca deixou de ser cultuado neste país – foi arrombada.
O máximo que se pode dizer é que o Brasil está naquela situação em que, faltando seis rodadas para o fim do campeonato, precisa vencer todas as partidas, acumular 25  gols-bilhão de saldo e ainda torcer por uma combinação que o livre do rebaixamento.
Miriam Leitão, como certos comentaristas esportivos, aliás, diz que  o “cumprimento da meta fiscal para o ano vai ficando mais complicado”.
É como aquela história do “sua mãe subiu no telhado”, a notícia dada aos poucos.
E completa, que o resultado veio “acima” dos R$ 15 bi que o mercado – que sabe tudo – estimava. Acima? Veio R$ 4 bilhões acima, num único mês, ou 40% de tudo o que se pretende arrecadar em seis meses com o brutal aumento de imposto nos combustíveis!
Para acontecer um milagre, seria preciso, além de reza forte e mudança na política econômica – que surtiria efeito no  médio prazo – que houvesse  um time coeso, um técnico com ideias novas e um presidente de clube que pudesse pedir confiança e paciência à torcida.
Nem é preciso dizer que não temos nada disso.
Tudo é movido a pequenas espertezas, como essa de que a Caixa “achou” R$ 1 bilhão em precatórios e, por isso, vai ser possível liberar verbas que seriam cortadas. Como assim, “achou” R$ 1 bilhão? Estava debaixo do forro do armário?
Estão cozinhando o galo da crise e só não ver quem não quer. E o mercado não quer ver, porque até agora está trocando dinheiro e sabendo que nada muda até o mata-mata que Michel Temer tem de jogar na Câmara dos Deputados.
Aí, sim, ele vai pensar em trocar o “técnico”.
Aliás, o “imexível” Meirelles já está  sendo ajeitado na marca do pênalti.
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