247 - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mantiveram a trajetória de queda no primeiro semestre, com retração de 17% na comparação anual. A indústria foi o setor com o maior impacto, com os desembolsos do setor retornando ao patamar de meados da década de 90.
O BNDES liberou R$ 33,48 bilhões de janeiro a junho deste ano. No caso da indústria, foram R$ 6,9 bilhões, 42% menos do que em igual período do ano passado. Considerando o que já foi aprovado e está na fila para sair do papel, o cenário é ainda pior. No período, as aprovações da indústria despencaram 61%. São R$ 6,6 bilhões à espera de liberação.
Sobre o retorno ao nível de meados dos anos 90, o superintendente de Planejamento e Pesquisa do banco, Fabio Giambiagi, considerou o desembolso de R$ 25,2 bilhões liberados nos 12 meses até junho, patamar equivalente ao de duas décadas atrás. Em um bom momento da economia, em 2010, o BNDES chegou a liberar R$ 125 bilhões à indústria, mas, desde então, o financiamento ao setor iniciou trajetória de queda e chegou aos R$ 30,1 bilhões em 2016.
A visão do economista é que o “fundo do poço” é uma “velha metáfora” que facilmente pode ser utilizada para retratar a relação do BNDES com a indústria, hoje. A expressão, porém, serve também para o conjunto dos desembolsos, dos diferentes segmentos. A exceção é a agropecuária, que teve desempenho positivo, com aumento de 3% tanto nos desembolsos quanto nas aprovações entre janeiro e junho deste ano.
0 Comentários